Depois da noite vem o dia. Morre o dia, a noite vem. O lombo do mar arqueia e a onda nasce. Desce a onda, voltando ao mar... E novamente se ergue, pra depois se afogar. Morre a sístole. Nasce a diástole. Morre essa. Aquela renasce. Assim é. E assim será. Enquanto isso... No vai e vem desta vida volúvel, qual planta que o tempo torna frondosa, devo arvorear e com equanimidade dar meus frutos a santos e perversos; com bondade abrigar frágeis ninhos amorosos de tantos passarinhos; deitando ao vento, com desapego, minhas folhas que morreram... as coisas que passaram...; com majestade perdoar a ingratidão dos ingratos e, com a veemência do renascimento, responder à dor da poda. Mesmo sentindo dilaceradas minhas carnes e a queda dos meus membros, eu agradeço a todos que me podam. Agradeço aquela dor necessária ao esplendor de minha floração, à fartura de minha Futura Safra.
Diante do mistério da vida, resta-me adorar! Tudo o que já fiz, tudo o que vivi, não sei por que o fiz ou vivi. Penso e rezo como o Apóstolo Paulo: “Como é profunda a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus! Como são insondáveis as suas decisões, e como são impenetráveis seus caminhos! Quem poderá compreender o pensamento do Senhor?”
Renovo hoje, portanto, minha entrega."Agradeço àquele que me deu força, a Jesus Cristo nosso Senhor, que me considerou digno de confiança, tomando-me para o seu serviço, apesar de minhas imperfeições,incoerências,insolências e incompetência!" O Senhor, porém, nos responde: “Para você basta a minha graça, pois é na fraqueza que a força manifesta todo o seu poder. Portanto, com muito gosto, prefiro gabar-me das minhas fraquezas, para que a força de Cristo habite em mim. E é por isso que eu me alegro nas fraquezas, humilhações, necessidades, perseguições e angústias, por causa de Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte.” 2Cor 12,9-10.
24 de agosto, Bartolomeu Apóstolo, meu natalício
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
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